Tuesday 11 November 2014

Descaso com Criança Deficiente - Cuidado ao encomendar Cadeira de Rodas sob Medida


Foi uma busca incansável até encontrar um modelo de cadeira de rodas que pudesse se adequar melhor ao que meu filho precisava, que lhe oferecesse segurança e conforto.

Meu sonho de consumo inicial eram as cadeiras da CONVAID -  a Safari ou a Rodeo.  Cheguei a procurar na loja e no distribuidor mas quando fui comprar, estavam em falta, o distribuidor aguardava um contêiner ser liberado pela alfandega havia meses e eles entraram em greve, sem previsão de restabelecimento do trabalho e de entrega das importações.

Cheguei a seguinte conclusão:

As importadas parecem realmente maravilhosas no site mas não podia ficar à mercê dos problemas de importação e da Alfândega especialmente no que tange à acessibilidade e ao direito de ir e vir do meu filho.

Cheguei a ser alertada pelo próprio vendedor que, quando precisamos de uma peça de reposição para uma cadeira importada temos muitos problemas com a demora da entrega da pela e o custo.

Sabendo disso, comecei a procurar produtos nacionais e me interessei pela cadeira Freedom Reclin, de fabricação nacional, cuja fábrica fica na região sul do país - foi onde começou a minha desdita!
Em agosto de 2013 procurei a empresa FREDOM (por telefone e também por e-mail) a fim de comprar a cadeira de rodas Freedom Reclin –  indagando sobre o produto para chegar a conclusão de que tal modelo era o específico para atender às necessidades especiais do meu filho:  reclinar,  deitar, apoio móvel para as pernas, com suporte para oxigênio  e aspirador de secreção portáteis, fechando em X para transporte no carro, etc.

A empresa informou, de cara, não poder atender diretamente ao consumidor final e passou meu contato para um de seus representantes no Rio de Janeiro,  ou seja, foi a própria fábrica quem escolheu qual representante iria me atender!

Fui procurada pelo representante deles, funcionário da loja BELLA MEDIC no Rio, que ligou marcando uma visita para conhecer pessoalmente as  necessidades especiais do paciente, da prescrição da cadeira e tirar as medidas para que a mesma fosse confeccionada e oferecer um orçamento.

Posteriormente recebi um email com o posicionamento da Fábrica sobre as observações a serem tomadas na confecção da cadeira, o orçamento e novamente a visita do funcionário para proceder a compra -  comprei a cadeira  há exatamente 1 ano,  no dia 28/11/2013 mas até a presente data ainda não recebeu completamente o pedido e, o que recebi veio com defeito!

Inicialmente informo que o produto demorou muito a ser confeccionado, cheguei a ligar para a fábrica para pedir urgência pois meu filho precisava da cadeira pois cresceu e o carrinho de bebê usado anteriormente estava pequeno, oferecendo risco de queda. 

A cadeira foi entregue mas sem as adaptações prometidas, ficaram pendentes a mochila Freedom, ajustes prometidos para suporte de bala de oxigênio e de aspirador de secreção com faixas de segurança, cinto de segurança em forma de “T”, entre outras pendências – tudo devidamente pago! 

Até este momento, ainda havia confiança, tanto é que, nesta oportunidade, quando a cadeira foi entregue, eu já estava precisando de uma cadeira-higiênica com urgência –  e comprei deles no dia 28/11/2013, uma cadeira higiênica da marca Jaguaribe, que foi adquirida em uma segunda compra, e também uma almofada ergonômica Freedomcadeira higiênica que veio com defeito (as rodas da cadeira não ficam presas) e cuja nota fiscal não foi entregue, impedindo ao Autor até de se socorrer da Garantia da fábrica

A Representante da Fábrica não entregou as notas fiscais das compras, somente depois de muita luta conseguiu a emissão da nota fiscal da primeira compra (da cadeira-de-rodas) por e-mail mas a nota da segunda compra jamais foi entregue
Meu filho usou a cadeira apenas duas vezes, para testar, e logo na segunda vez, a perna da cadeira de rodas, que muda de posição, emperrou.  Para trazer meu filho de volta para casa, precisei de ajuda para desaparafusar e retirar o suporte da perna – ainda colocando o filho em risco de se machucar nas ferragens (coloquei  uma fralda amarrada para protegê-lo).
Entrei em contato com as empresas:

A Freedom informou que não trabalha mais com a Bella Medic mas não tomou nenhuma atitude direta para reparar os danos ocasionados pela pessoa que literalmente colocaram dentro da minha casa para me atender!

Passaram endereços da Assistência Técnica no Rio, cujo técnico compareceu em minha residência e constatou em um laudo todos os problemas e defeitos da cadeira - laudo enviado à fábrica sem que qualquer outra providência fosse tomada.... sequer se manifestaram sobre o produto comprado, pago, que não foi entregue: mochila que é vendida como um acessório da cadeira  ou tiveram a decência de oferecer meu dinheiro de volta,  em cumprimento do Código de Defesa do Consumidor!

O funcionário da Bella Medic informou que a empresa encerrou suas atividades apesar de ainda podermos verificar que existe um blog no ar  e que ainda aparece em sites de busca na Internet.  

Não tive outra solução senão procurar o Judiciário e me sujeitar a morosidade da Justiça, também com indignação pois estamos falando de produtos essenciais para a sobrevivência de uma pessoa deficiente! Uma cadeira-de-rodas e uma cadeira-higiênica são bens essenciais de acessibilidade, que garantem a liberdade e o direito de ir e vir  e o direito de uma existência digna para uma criança com necessidades especiais  - um processo que deveria tramitar também com prioridade no Judiciário Brasileiro!


Os deficientes são vítimas:

  • da lentidão  e burocracia do sistema de importação; 
  • do Fisco na importação de produtos necessários à sua acessibilidade e sobrevivência que deveriam ser isentos  de imposto;
  • das empresas que não vendem direto ao consumidor final e ainda obrigam o consumidor a se sujeitar a qualquer mercenário como intermediário;
  • das empresas que deveriam respeitar a limitação do deficiente garantindo inclusive um produto reserva enquanto um bem de necessidade básica está pendente de conserto;
  •  e até da morosidade e burocracia do Judiciário que não garante aos deficientes a prioridade na tramitação dos processos judiciais nestes casos e até a Gratuidade de Justiça pois se eu tivesse dinheiro sobrando, não precisava me socorrer do Judiciário, jogava a cadeira defeituosa fora e comprava outra imediatamente!

Carro Novo - Solução ou Problema?

Quando se resolve trocar um carro usado por um carro novo, 0 km, o consumidor pensa que está pagando também por sua tranquilidade e segurança.  Será?

Um cliente fez exatamente isso, vendeu seu carro usado e procurou a concessionária REAL VEÍCULOS DE ITAGUAÍ, que era de sua confiança pois já havia negociado com eles antes. Lá, comprou  um automóvel Volkswagen zero - uma saveiro cross na cor LARANJA CANYON.  Notem bem, esta era a cor do carro e também a cor especificada na nota fiscal. 

Entretanto, quando o consumidor foi ao DETRAN emplacar o carro foi logo admoestado pelo funcionário que, ao olhar para o carro, assumiu que meu cliente havia pintado o carro antes de emplacar - para o DETRAN-RJ o carro constava como BRANCO!

Depois de muitas explicações e do funcionário do DETRAN-RJ concluir que meu cliente não era um louco que havia pintado um carro novinho antes de emplacá-lo, o funcionário conseguiu explicar que a Volkswagen havia informado que aquele carro, aquele chassis, era de um carro Branco!  

Imaginemos que o carro quando é fabricado receba um documento como se fosse uma certidão de nascimento e neste documento constam todas as características de fábrica do carro - pois é,  a certidão de nascimento do carro estava errada no item da COR - o carro era visivelmente laranja, constava na nota fiscal que era laranja, mas a certidão de nascimento dele (que o DETRAN chamou de BASE BIN) constava que o carro era branco!

Dá para imaginar o trabalhão e os problemas para o cliente?  

  • O carro estava segurado conforme descrito com aquele chassis,  na cor laranja;
  • o carro  estava financiado também com as mesmas características, na cor laranja;
  • o carro não podia ser emplacado no DETRAN porque um documento dizia que ele era laranja e outro dizia que era branco;
  • meu cliente precisava trabalhar e ficou sem carro tendo um carro novo parado na garagem sem poder usar!
  • as prestações de seguro, carro sendo pagas e o carro não podia ser usado!
O pior de tudo é que nem a Real Veículos, nem a Volkswagen pareciam saber o que fazer para resolver o problema, nenhum funcionário apresentava uma solução, todos só diziam que não podiam sequer imaginar que algo assim podia acontecer - foram inúmeras reclamações, inúmeras  viagens ao DETRAN, várias  "CARTAS-LAUDO" enviadas pela fábrica, de São Paulo, de Brasília - cada uma diziam vir de algum lugar para justificar a demora...  E NENHUMA ERA ACEITA PELO DETRAN-RJ COMO VÁLIDA PARA CORRIGIR O PROBLEMA!

O Consumidor com um carro zero na garagem, sem poder utilizá-lo por mais de um mês, sendo obrigado a trabalhar sem o conforto que o bem que adquiriu poderia lhe proporcionar, passando por uma via crucis de reclamações entre DETRAN, VOLKSWAGEN E REAL VEÍCULOS, além de advogados até a propositura de uma ação judicial.



Sunday 17 August 2014

Serviço Médico e Jurídico Público - um direito às aveças!!!!

Estou tão indignada que cheguei a um limite de TOLERANCIA ZERO...  e já que, muitas vezes no Judiciário as decisões são "mais políticas do que jurídicas"  e nem sempre se faz JUSTIÇA, e espero realmente que a a tal "Lei do Retorno" realmente exista.

Acho um absurdo o fato de uma pessoa que possa pagar um médico e tenha um plano de saúde bom, precise procurar um hospital público para conseguir um laudo médico em papel timbrado do serviço público para instruir um processo judicial,  não  que não tenha direitos àquele  atendimento ou pela dificuldade das filas e da demora mas principalmente por ser uma pessoa que tenha acesso à outras facilidades e está ocupando um espaço de consulta que poderia ser dado a uma pessoa que não tenha recursos!
Acho um absurdo a Secretaria de Saúde do Estado exigir receitas com validade apenas de 90 dias para fornecer medicamentos, quando muitas vezes o intervalo entre as consultas  é muito maior do que isso e a pessoa precisa de tratamento continuado, não podendo ficar sem o medicamento, o que leva aos funcionários a sugerir ao paciente que peça receitas ao médico sem data - UM ABSURDO!

Hoje em dia, que meu desejo mais profundo é que todo estudante de medicina, antes de se formar, tenha um filho doente, que para sobreviver dependa de um remédio de prestação continuada e tenha recursos para comprar. Desejo ainda que ele/ela precise enfrentar filas terríveis na Defensoria Pública e no Ministério Público para propor uma ação e ao no final de tudo, após meses de sofrimento do próprio filho, não consiga o medicamento porque o processo caiu em exigência por causa de um atestado médico mau dado!

Desejo que eles aprendam da forma mais difícil que o laudo médico deles passa por uma burocracia infinita e que não serve para uma prestação imediata  – este laudo vai levar semanas entre o protocolo até a conclusão ao juíz e depois tantas outras semanas até o cumprimento do mandado de busca e apreensão ou uma licitação para compra do medicamento.... ou seja, quando o medicamento é trocado, leva uma eternidade até que todo esse procedimento ocorra novamente. Desta forma, de nada adianta prescrever 5 latas de leite contando com um evento futuro e incerto de uma nova consulta médica que pode ou não acontecer!

Além disso, é preciso ensinar aos jovens médicos que os laudos médicos e prescrições não são escritos para serem lidos por experts em medicina, são direcionados à leigos, pacientes, juízes, promotores e advogados – por isso é fundamental que eles logo de início esclareçam todas as dúvidas de terceiros a fim de não cair em exigência. Todos os dias eu agradeço a Deus pelos seres humanos médicos que atendem ao meu filho, pessoas que veem a medicina como sacerdócio e seus pacientes como seres humanos sem um $ (cifrão)  na frente.

Mas minha indignação não está somente direcionada aos profissionais de saúde mas também aos profissionais de Direito.

Passei o  feriado do dia 1o de maio inteiro no plantão judiciário para conseguir um alvará de autorização para menores atuarem em um espetáculo e lá, presenciei uma pessoa chegar do hospital desesperada buscando ajuda para conseguir uma liminar para que o plano de saúde autorizasse a colocação de um marca-passo em uma pessoa idosa que está internado há 15 dias esperando tal autorização e que piorou muito durante esta noite.

No meio de uma infinidade de advogados bem apessoados e cheios de pompa, fui a escolhida (sabe-se lá o motivo), fui chamada pelo plantonista da OAB pois a Defensoria Pública recusou o atendimento dizendo que o cidadão não era pobre!

Ora, não só a Defensoria mas também o MP tinham obrigação funcional de atender qualquer um neste estado, para um primeiro atendimento com pedido de liminar pois é praticamente impossível conseguir um advogado no meio de um feriado e a vida é o bem maior a ser protegido, muito maior que os cofres públicos!!!!  Além do mais que se tratava de uma pessoa idosa!

A estes profissionais que recusam este tipo de atendimento, não adianta desejar que eles precisem de advogado e não consigam – a estes eu desejo que precisem urgentemente de um atendimento médico para seus pais ou filhos e não consigam. E quando o pior vier, espero que se lembrem daquele dia que recusaram atendimento a uma pessoa que, por mais que tivesse algum recurso financeiro- este de nada lhe valia naquele momento, ele , necessitava de ajuda urgente e algumas coisas o dinheiro não pode comprar.

Depois de passar por tanta raiva, tanta indignação, reconheço que tive um dia vitorioso pois  consegui duas liminares em plantão judicial, salvando o dia de inúmeras pessoas.   Aquela sensação de dever cumprido  que o dinheiro também não pode comprar.

Hoje tive mais uma prova de que Deus escreve certo por linhas tortas e que havia um propósito mais do que especial para que eu estivesse lá naquela sala de plantão, com mais de 25 pessoas na sala de espera e ser a única a ser abordada por um desconhecido que precisava de ajuda para salvar seu pai após ter sido dispensado pela Defensoria Pública!

Saturday 16 August 2014

DVD PLAYER PORTÁTIL TEC TOY - DESCARTÁVEL MENOS NO PREÇO

Não vou negar que o DVD Portátil Tectoy é de grande utilidade para qualquer mãe, ainda mais em se tratando de uma criança portadora de necessidades especiais, especialmente paralisia cerebral,  com dificuldade de movimentos.

Pessoalmente, acho que toda criança deficiente deveria ter direito a um aparelho desses - o que não significa que tenha eu tenha que elogiar a qualidade e durabilidade do produto!

O DVD Portátil permitiu ao meu filho assistir seus vídeos com mais independência, poder voltar ou passar parte do vídeo sem a dificuldade que teria em manusear um controle remoto.   O DVD portátil também auxilia em suas terapias e fez com que ele pudesse demonstrar sua capacidade cognitiva, já que não pode falar - mostrar para nós que sabe voltar ou adiantar um vídeo, sabe escolher o menu, sabe selecionar os extras, sabe responder perguntas sobre o filminho em quizz infantil  no final do DVD, sabe escolher e assistira a entrevista do Maurício de Souza, repetidas vezes no final de um DVD, explicando como nasceu a Turma da Monica e depois mostrá-lo na TV, demonstrando claramente que o reconheceu.     Ocorre que, de igual forma, também contribuíram seu IPAD e seu Sansung Galaxy, cada um com seu sistema operacional, demonstrando que ele sabe diferenciar os programas que estão instalados em cada um dos aparelhos e sabe comprar na Apple Store  e na Play Store desde que mamãe registre seu cartão de crédito!   De fato, as tecnologias são muito boas para ajudar o desenvolvimento do potencial de uma criança deficientes.

O único problema é que virei praticamente refém da TECTOY - e não estou me referindo a problemas de consumo infantil resultado das diferentes cores e personagens usados para  vender o produto  (Disney, Galinha Pintadinha e Backyardigans)  -  pois o verdadeiro problema é o custo-benefício, além de se tratar de um produto excessivamente caro, considerado um luxo para a maior parte da classe média, é também um produto que cada dia fica mais descartável. 





Só aqui tem 13 aparelhos, aproximadamente R$ 5.8500,00, 
10 deles completamente inúteis, apenas sucata.


E não adianta procurar subterfúgios, culpar a criança deficiente e  dizer que o aparelho dá problema por mau uso porque o Ipad e o Sansung Galaxy do meu filho que não são de plástico, não tem cobertura emborrachada, não dão qualquer problema.  Aliás, o único tablet com o qual também tive problema foi o Tablet da Galinha Pintadinha, também da TEC TOY, que meu filho pediu na loja, comprei e, logo na primeira semana, depois que ele descobriu que o negócio era LENTO ao extremo e não tinha qualquer comparação com seu tablet Android Sansung Galaxy, ele jogou o tablet da Galinha fora.  Meu filho, apesar de deficiente é muito inteligente e um consumidor exigente!

Voltando ao DVD da TecToy:

  • A bateria dura pouco e não temos como recarregá-la  fora do aparelho e trocar a bateria, de forma que a criança tenha apenas um aparelho.   Meu filho tem que ter, pelo menos, 3 aparelhos em uso, para dois carregarem enquanto um está sendo utilizado!    Se pudesse dar algumas sugestões, indicaria a utilização de uma bateria mais duradoura, a venda da bateria separada e do carregador da bateria fora do aparelho, para que a criança continue a usar um único aparelho de DVD enquanto uma bateria é carregada.
  • Outro problema muito comum no aparelho é o fato da tela abrir para colocar o DVD dentro do aparelho, a conexão da tela no aparelho é muito frágil, dá defeito toda hora e vive com mal contato.   Se os fabricantes se dessem ao trabalho de utilizar os aparelhos que fabricam, já teriam mudado a forma de inserir o DVD para aquela gavetinha como existe nos computadores e aparelhos de dvd comuns.

Só este ano eu já comprei 3 aparelhos, um dos quais já está com defeito em menos de 6 meses.  Apresento aqui as notas fiscais:


Enquanto o aparelho está na garantia, vale até a pena levar na assistência técnica para consertar mas, depois de 1 ano, quando temos que pagar pelo conserto, cada reparo fica em torno de R$ 150,00 e  o aparelho volta a dar defeito poucas semanas (quando já não volta com outro defeito da assistência técnica)!

Agora, 8 anos após ter adquirido o primeiro DVD player - meu filho está com 9 anos - estou enfrentando um outro problema, o que fazer com mais de 10 aparelhos que já não tem mais utilidade e não vale a pena consertar?  Fico pensando se alguma daquelas peças é reaproveitável, se dá para pegar 10 e refazer pelo menos 2 para conseguir aproveitar melhor todo o dinheiro gasto...   Se pensarmos bem, eles custam em média R$ 450,00 - dez aparelhos com  são exatamente R$ 4.500,00 gastos em sucata!

Ora, um DVD player, mesmo que seja direcionado para crianças, não é somente um brinquedo e também não é um bem consumível, é um bem de consumo DURÁVEL. 

Bens de consumo duráveis são  bens tangíveis que só deterioram-se ou perdem a utilidade com o uso persistente por um largo período de tempo,  dos quais se espera uma vida útil  (expectativa de durabilidade) bem maior do que o tempo de garantia!    Já imaginou  ter que comprar  um carro, uma geladeira, um fogão, uma máquina de lavar, uma TV, um DVD player  por ano?   São produtos dos quais se espera uma vida útil prolongada.   Um DVD player é um aparelho cuja expectativa de durabilidade é  de 3 (três) a  5 (cinco) anos, podendo durar até mais se pudermos trocar a bateria, que se exaure neste período. 

No caso em questão, considerando que este ano já comprei 3 (três) aparelhos e um deles já está com defeito,  já me consideraria satisfeita se ele durasse pelo menos 2 anos ( a média de vida de uma bateria)!

Tuesday 12 August 2014

LIVE TIM - UM PROBLEMA DE 50 MEGA!!!



Com a informatização da justiça e o novo processo digital, percebi que não poderia ficar à mercê dos problemas da conexão do NET COMBO e  resolvi contratar um segundo serviço de internet por segurança.

CONTRATEI O SERVIÇO DE LIVE TIM.

De cara já tive problemas com a entrega das contas - aí não me interessa se o problema é dos correios ou da empresa, se o serviço é disponibilizado, tem que funcionar.

Já na contratação pedi que fosse pagamento direto descontado no cartão de crédito, eles informaram que não trabalhavam com débito no cartão, nem com débito em conta, que enviavam a fatura pelo correio. Desde o início não chegam na data para o pagamento. Reclamei, pedi as contas atrasadas, não podiam enviar por email, só pelo correio, levando mais alguns dias para que eu pudesse fazer um pagamento já atrasado, por conta disso o serviço foi cortado.

Já zangada, consegui que o atendente me passasse o código de barras pelo telefone, anotei pacientemente todos os números, conferi e paguei a conta confiando que a informação que eles haviam passado estava certa!

O serviço que deveria ter sido restabelecido automaticamente mas, passadas 48 horas, não foi.
Então agendaram suporte técnico.   O técnico que veio ao local, apesar de ter sido informado que o serviço só havia sido interrompido por problemas no pagamento, resolveu trocar o modem sem consultar o assinante.

Aproveitou o minuto que eu estava alimentando o bebê para se despedir e pedir que eu assinasse o papel do atendimento dizendo que a conexão estava restabelecida  MAS NÃO AVISOU QUE TROCOU O MODEM!

TROCOU MEU MODEM NOVINHO POR UM OUTRO VELHO, TODO SUJO, CACARECADO, ARRANHADO:

Para minha surpresa, quando fui providenciar a conexão dos meus roteadores no modem, verifiquei que o técnico havia trocado meu modem novinho por um aparelho usado, todo sujo, provavelmente modem de teste que carrega na carroceria do carro. Modem este que é diferente e não admite configuração de ip para ser interligado com os roteadores que existem na rede interna da casa. 


Entrei em contato com a empresa solicitando medidas urgentes pois o modem recauchutado que deixaram no lugar do meu modem não permite:

- mudar o IP address do Modem na LAN (internal network)
- Enable e Disable the DHCP

Sabe o que o suporte técnico respondeu?????    Que o modem deixado estava indicado para eles que estava ligado e com sinal e, portanto, nada iriam fazer quanto ao péssimo serviço prestado, nem trocar o modem usado e sujo que o técnico colocou.

Já  se vão duas semanas com uma série de protocolos de reclamação junto à empresa, sem o serviço estar funcionando - porque o modem pode estar ligado, mas não está conectado aos meus roteadores -  uma reclamação na ANATEL   e nenhuma solução.

Passados 15 dias, a empresa LIVE TIM não atendeu as solicitações da assinante, o serviço não está sendo utilizado pois a rede não se conecta com os roteadores da casa.   

Conexão de internet é considerado serviço essencial. Chegamos ao ponto de precisar contratar 2 serviços iguais, para conseguir usar um - já imaginou se eu tivesse cancelado a NET e trocado pela Live Tim?  

LIVE TIM - UM PROBLEMA DE 50 MEGA!!!

O DESCRÉDITO DO CONSUMIDOR NA JUSTIÇA

Atualmente estamos precisando aprender a lidar diariamente com a sensação de injustiça.

 Há 21 anos, quando entrei para a faculdade para cursar Direito, era idealista, positiva e  tinha esperança no sistema.  Hoje, diariamente luto contra a falta de ânimo e esperança na Justiça.

Acompanhamos hoje o descrédito do cidadão no Sistema Judiciário.

Se antes pensavamos que a parte mais sensível era o bolso e, ao processar uma empresa, o caráter punitivo-pedagógico da indenização faria alguma diferença e produziria alguma mudança no comportamento das empresas, hoje já não pensamos mais assim  - Os processos são intermináveis e as condenações andam tão pequenas que o cidadão desiste processar pois ao analisar o custo-benefício do processo,  o aborrecimento não compensa!

O Cidadão entra com um processo contra uma empresa de Plano de Saúde por negativa de atendimento - empresas essas que são campeãs em número de processos e, ao invés das mesmas serem punidas, o Tribunal celebra  e publica a empresa como "Campeã de Acordos"!   Parabenizar a empresa por ser Campeã de Acordos em um mutirão de mediação?  E isso lá é algo para se comemorar e parabenizar? Que inversão de valores é essa?  Boa é aquela empresa que não tem uma infinidade de demandas judiciais por descumprimento contratual! 

Precisamos rever esses valores, e com urgência. 

Não existe um cadastro de proteção ao crédito contra mal pagadores?  Precisamos de algo semelhante  classificando a excelência das empresas, sejam elas fabricantes de produtos ou prestadoras de serviço.  

Precisamos pesquisar a imagem das empresas junto a outros consumidores para saber se vamos ou não querer contratar com elas.  E vou além, devemos até consultar decisões judiciais relacionadas com as empresas antes de contratá-las.

Todas as pessoas são, direta ou indiretamente, consumidores.  Somos consumidores por excelência, mesmo sem querer!   Para viver precisamos consumir e somos até reféns do consumo pois precisamos do produto ou do serviço,  e nem sempre podemos escolher com quem contratar - todos precisamos de água, luz, telefone, gás, internet, TV por assinatura, Planos de Saúde e em alguns casos somos obrigados a contratar sempre com determinadas empresas que detém um certo monopólio sobre um serviço em alguma determinada área.  Esta falta de opção deixa o consumidor refém da empresa, obrigando-o a aceitar qualquer serviço, mesmo ruim.  O consumidor oprimido acaba concluindo que é melhor ter um serviço ruim do que serviço nenhum e o conformismo do consumidor  acaba contribuindo para o serviço só piorar! 

Precisamos dizer não ao conformismo, não à falta de opção, inverter os valores e lembrarmos que o consumidor é a razão de ser dessas empresas, sem o consumidor elas não sobrevivem e, por isso, devem tratá-lo com todo o respeito e deferência merecida.