Atualmente estamos precisando aprender a lidar diariamente com a sensação de injustiça.
Há 21 anos, quando entrei para a faculdade para cursar Direito, era idealista, positiva e tinha esperança no sistema. Hoje, diariamente luto contra a falta de ânimo e esperança na Justiça.
Acompanhamos hoje o descrédito do cidadão no Sistema Judiciário.
Se antes pensavamos que a parte mais sensível era o bolso e, ao processar uma empresa, o caráter punitivo-pedagógico da indenização faria alguma diferença e produziria alguma mudança no comportamento das empresas, hoje já não pensamos mais assim - Os processos são intermináveis e as condenações andam tão pequenas que o cidadão desiste processar pois ao analisar o custo-benefício do processo, o aborrecimento não compensa!
O Cidadão entra com um processo contra uma empresa de Plano de Saúde por negativa de atendimento - empresas essas que são campeãs em número de processos e, ao invés das mesmas serem punidas, o Tribunal celebra e publica a empresa como "Campeã de Acordos"! Parabenizar a empresa por ser Campeã de Acordos em um mutirão de mediação? E isso lá é algo para se comemorar e parabenizar? Que inversão de valores é essa? Boa é aquela empresa que não tem uma infinidade de demandas judiciais por descumprimento contratual!
Precisamos rever esses valores, e com urgência.
Não existe um cadastro de proteção ao crédito contra mal pagadores? Precisamos de algo semelhante classificando a excelência das empresas, sejam elas fabricantes de produtos ou prestadoras de serviço.
Precisamos pesquisar a imagem das empresas junto a outros consumidores para saber se vamos ou não querer contratar com elas. E vou além, devemos até consultar decisões judiciais relacionadas com as empresas antes de contratá-las.
Não existe um cadastro de proteção ao crédito contra mal pagadores? Precisamos de algo semelhante classificando a excelência das empresas, sejam elas fabricantes de produtos ou prestadoras de serviço.
Precisamos pesquisar a imagem das empresas junto a outros consumidores para saber se vamos ou não querer contratar com elas. E vou além, devemos até consultar decisões judiciais relacionadas com as empresas antes de contratá-las.
Todas as pessoas são, direta ou indiretamente, consumidores. Somos consumidores por excelência, mesmo sem querer! Para viver precisamos consumir e somos até reféns do consumo pois precisamos do produto ou do serviço, e nem sempre podemos escolher com quem contratar - todos precisamos de água, luz, telefone, gás, internet, TV por assinatura, Planos de Saúde e em alguns casos somos obrigados a contratar sempre com determinadas empresas que detém um certo monopólio sobre um serviço em alguma determinada área. Esta falta de opção deixa o consumidor refém da empresa, obrigando-o a aceitar qualquer serviço, mesmo ruim. O consumidor oprimido acaba concluindo que é melhor ter um serviço ruim do que serviço nenhum e o conformismo do consumidor acaba contribuindo para o serviço só piorar!
Precisamos dizer não ao conformismo, não à falta de opção, inverter os valores e lembrarmos que o consumidor é a razão de ser dessas empresas, sem o consumidor elas não sobrevivem e, por isso, devem tratá-lo com todo o respeito e deferência merecida.
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